segunda-feira, 13 de junho de 2011

Mosaico da Arte Bizantina

Exemplo de mosaico bizantino, técnica e temática caracteristicos do período
O mosaico consiste na colocação, lado a lado, de pequenos pedaços de diferentes colorações, sobre uma soperfície de gesso ou argamassa. Essas pedras são colocadas de acordo com um desenho pré-determinado. A seguir, a superfície receb uma solução de cal, areia e óleo, que preenche os espaços vazios, aderindo melhor os pedaços de pedra. Como resultado obtem-se uma obra semelhante à pintura.
Os mosaicos tiveram difrentes utilizações no decorrer da históra, mas foi com os bizantinos que ele atingiu sua mais perfeita realização. Devido suas fuguras rígidas e a pompa da arte de Bizâncio, o mosaico se tornou a forma de expressão artística preferida pelos ocidentais romanos.
Assim, as paredes e as abóbodas das igrejas, recobertas de mosaicos de corres intensas e de materiais que refletem o dourado, conferem uma suntuosidade ao interior dos templos, que nenhuma época teve a capacidade de reproduzir igual.
O mosaico é a expressão máxima que podemos ver da arte bizantina.Ele não servia apenas para decorar as paredes e as abóbodas, mas sim também servia como fonte de instrução e guia espiritual para os fiéis, mostrando-lhes cenas da vida de Cristo, dos profetas,e dos vários imperadores. Plasticamente, o mosaico bizantino não se assemelha aos mosaicos romanos;  pois eles são confeccionados com técnicas diferentes e seguem convenções que regem também os afrescos. Neles, por exemplo, as pessoas são representadas de frente e verticalizadas para criar uma certa espiritualidade; a perspectiva e o volume são ignorados e o dourado é bastante utilizado, devido sua associação a um dos maiores bem materiais existentes: o ouro.

 
Imperador Justiniano

 Kerlândia

A arte bizantina em Ravena


A cidade de Ravena por ser um ponto estratégico foi um dos alvos mais visados para a conquista da Península Itálica, pelo imperador Justiniano quando tentou reunificar o Império Romano, foi nessa iniciativa que começaram as guerras de conquista no Ocidente. Depois de muitas tentativas a cidade foi reconquistada em 540 d.C., a cidade então se tornou o centro do domínio bizantino na Itália.
Porém essa não foi a primeira vez que Ravena tivera contato com a cultura bizantina, antes, na primeira metade do século V, isso já tinha ocorrido. E exatamente desse período o mausoléu (uma tumba grandiosa, geralmente construída para um líder ou figura importante que morreu) da Imperatriz Gala Plácidia foi construido. Ele é um dos melhores exemplos da arquitetura daquele império, a construção mais conhecida e de importância mais significativa.
Mausoléu, visto externamente
O Mausoléu foi declarado pela UNESCO como Patrimônio Mundial, devido aos seus mosaicos. Ele foi construído entre 417 e 430 d.C., possivelmente por Gala Placídia, esposa de Constâncio III. Tem a planta em forma de cruz e é coberto por uma cúpula, internamente suas superfícies são revestidas de mosaicos com temáticas relacionadas à religião cristã.
Externamente é um edifício simples, revestido por tijolos cozidos, e sua característica essencial é um cubo por cima da pequena cúpula central, que é coberta com telhas de cerâmica e sua planta possui forma de cruz latina, um dos braços da construção  possui um pouco mais de comprimento comparado aos outros. Sobre o cruzamento dos braços se ergue uma estrutura cúbica com pequenas janelas e coberta por um telhado de quatro águas.
Originalmente era revestido de estuque, pintado de modo a imitar mármore, removido posteriormente, e uma característica da construção é o uso de ânforas em vez de tijolos para aliviar o peso das estruturas, no mausoléu elas foram encontradas durante reparos no prédio em 1838, no volume cúbico que sustenta a cúpula. É o mais antigo monumento de Ravena a preservar sua decoração original.
As igrejas de Ravena que revelam uma arte bizantina mais madura são as da época de Justiniano, como a basílica de São Vital.
Planta da Basílica de São Vital
Essa igreja começou a ser construída em 525 e foi concluída em 548 por Maximiliano, não se sabe quem foi o arquiteto da obra. Sua planta possui forma octogonal, e devido a isso, suas possibilidades de ocupação são diferentes, seus arcos, colunas e carpitéis são combinadas de tal maneira, que faz de sua arquitetura excelente para apoiar mármore e mosaicos.
Vista da Basílica do teto
Um dos mosaicos da Igreja, representando o Pastor com os Cordeiros
As séries de mosaicos apresentam elementos religiosos, como os sacrifícios do Velho Testamento, da história de Abraão, passando pela história de Moisés até a representação do cordeiro de Deus. Além desses, há mosaicos dos quatro Evangelistas, todos vestidos de branco. Deforma geral todos foram trabalhados com base na tradição helenistica-romana: vividos e imaginativos, com ricas cores e certa perspectiva.

Imperador com a imperatris Teodora
Há também os mosaicos do imperador Justiniano e o da imperatriz Teodora, ao lado de sua corte, ambos levando oferendas ao templo. Por essas obras pode-se notar que a arte bizantina tinha como principais temas o Império e a religião.
Ana Caroline

O ínicio da Arte Bizantina

Basílica de Santa Sofia
Representação dos soldados romanos
 Com as sucessivas guerras entre Romanos e Bárbaros, além de outros problemas em Roma com o senado, fizeram com que houvesse uma mudança na Capital do Império de Roma para Constantinopla.
Bizâncio foi uma colônia grega e se localiza entre a Europa e Ásia (atual Turquia) no estreito de Bósforo.
Em 330 d. C., o imperador Constantino fundou Constantinopla e todo império Romano do Oriente. E graças a essa localização sofreu influência de diferentes povos como romanos, gregos e do Oriente, tendo assim um estilo de arte única.
Após a queda definitiva dos romanos para os bárbaros, em 476 d.C., o Império Romano Oriental ficou mais conhecido como império Bizantino.
O Império Bizantino esteve no auge entre 527 a 565 d.C. Durante o governo de Justiniano I, que ao término de seu reinado o Império entrou em diversas crises denominadas de iconoclastas, que consiste na destruição de qualquer imagem santa devido ao conflito político entre os imperadores e o clero.
Depois do término da Iconoclasta, houve uma Era de Ouro na arte Bizantina, que se estendeu até 1400 quando foram invadidos pelos turcos que tomaram o Império.
Apesar do fim do Império Bizantino, suas influências atravessaram fronteiras chegando a Rússia, dentre outros países, deixando como legado arte e a religião Ortodoxa.

Luan Ledo